O Concerto de Abertura do 49o Congresso Internacional de Violistas será apresentado as 19:30 no Auditório do Instituto de Artes da UNICAMP pela Orquestra Sinfônica Municipal de Jundiaí e com a regência de sua regente titular, Claudia Feres. Este concerto também contará com a presença da violista Jutta Puchhammer. O programa preparado com muito cuidado para a abertura do Congresso contará com a abertura La Gazza Ladra do Rossini, seguida por duas obras com solo de viola, que, por sinal, são muito pouco tocadas, o Concertino Op 46 do Sitt e a Fantasia do Erod. Para concluir o programa, a Orquestra Sinfônica Municipal de Jundiaí preparou uma seleção das Slovanic Dances Op 46 do Dvorak. O concerto está imperdível!
ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL DE JUNDIAÍ
A Orquestra Sinfônica Municipal de Jundiaí (OSMJ) é um corpo artístico ligado à Unidade de Gestão de Cultura (UGC). Criada em 2011, por iniciativa da então Secretaria Municipal de Cultura, a Orquestra era um antigo anseio da população jundiaiense que passava a ser atendido pela administração municipal. Por meio de seu programa contínuo e crescente, a Orquestra visa à formação de público e a facilitar o acesso à arte no Município.
A OSMJ trouxe duas importantes novidades na temporada 2022. A primeira delas é a chegada dos instrumentos das famílias de sopro e percussão, que se uniram aos de corda presentes desde a sua formação, o que a tornou uma orquestra sinfônica.
Outra importante novidade foi a criação, além de seu grupo de músicos profissionais solistas de câmara, de um Núcleo de jovens músicos.
Tendo à sua frente, como regente e diretora artística, a maestrina Claudia Feres, a Orquestra tem se firmado como um conjunto promissor, tanto pela excelência de seus músicos quanto pelo repertório de seus concertos, consolidando-se a cada nova temporada como um notável agrupamento camerístico dentro do cenário musical da música erudita brasileira.
A orquestra apresenta uma programação que contempla obras importantes para o repertório dos grandes compositores da música clássica, uma parcela da produção de compositores brasileiros, música barroca e programas originais, tendo como temática a música popular.
Além das apresentações no Teatro Polytheama, a OSMJ tem realizado apresentações em diversos palcos da cidade, com as participações especiais também de músicos convidados e dos demais corpos artísiticos municipais.
Mesmo durante a pandemia de Covid-19, a OSMJ não interrompeu seus trabalhos, mostrando bastante inovação e criatividade também em uma temporada virtual. Entre as iniciativas, como forma de prestação de serviço à população e a criação de conteúdos artísticos de qualidade, a OSMJ disponibilizou diversas playlists, como Música em Casa, #tbt10anos, Rádio OMJ, Beethoven (em homenagem aos 250 anos do nascimento do compositor alemão), entre outras.
CLAUDIA FERES
Nascida em São Paulo, Claudia Feres formou-se em composição e regência pela UNICAMP. Após um período em Cincinnati e Chicago, obteve o título de Mestre em música pela Northwestern University (Chicago) sob a orientação do maestro Victor Yampolsky. Estudou com Eleazar de Carvalho, Fábio Mechetti, Henrique Gregori, Teri Murai, Ronald Zollman, Gustav Meier, Robert Gutter e Jorma Panula.
Claudia Feres foi premiada com a medalha de Honra da cidade de Jundiaí pelo seu trabalho como diretora artística da Orquestra Jovem de Jundiaí de 1982 a 1986. Apresentou-se frente à Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, Amazonas Filarmônica, Orquestra Jovem de Brasília, Orquestra Jovem de Campinas, Orquestra de Câmara da UNICAMP, Camerata Fukuda, Sinfonia Cultura, Orquestra de Câmara de Blumenau, Opera Giocosa del Friuli Venezia-Giulia, Northwestern University Orchestra e North Shore Chamber Orchestra.
Em 1987 venceu o concurso para jovens regentes, promovido pela Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Em 1990, participou do 42º Concurso Internacional da Primavera de Praga. De 1991 a 1994 foi regente titular e diretora artística da Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina. Participou do International Institute for Conductors em Kiev, onde regeu a Orquestra Sinfônica Nacional da Ucrânia.
Claudia Feres foi regente adjunta da Orquestra Sinfônica de Santo André de 2004 a 2006. Foi diretora artística da Orquestra de Câmara de Jundiaí de 1999 a 2003. De 2002 a 2006 esteve à frente da Orquestra Filarmônica de Mulheres no Projeto AVON Women in Concert, apresentando-se no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, na Pedreira Paulo Leminsky, em Curitiba e Teatro Municipal do Rio de Janeiro com as sopranos Barbara Hendricks e Kiri Te Kanawa. Ainda neste projeto, Claudia Feres se apresentou com artistas da música popular, como Rita Lee, Paula Lima, Vanessa da Mata, Margareth Menezes, Milton Nascimento e Daniela Mercury. Idealizadora de vários projetos, entre eles Concertos Matinais (Londrina – PR), Concertos Astra (Jundiaí – SP), “Música e Cidadania” (Jundiaí – SP), Festival Concertos na Serra. De 2008 a 2010 foi professora das classes de Regência da Faculdade Souza Lima. Desde 1997 é diretora artística da Escola de Música de Jundiaí, onde foi coordenadora da Orquestra de Câmara de Repertório.
De 2011 a 2014 foi regente Titular da Orquestra Juvenil de Heliópolis – Instituto Baccarelli. Em 2011 foi nomeada Regente Titular e Diretora Artística da Orquestra Municipal de Jundiaí, quando elaborou seu projeto no formato de câmara, hoje em sua 15ª Temporada ampliada como Orquestra Sinfônica Municipal de Jundiaí.
JUTTA PUCHHAMMER-SÉDILLOT
A violista vienense Jutta Puchhammer-Sédillot, ex-aluna de Siegfried Führlinger (Viena) e Heidi Castleman (EUA), é conhecida como uma violista de excepcional qualidade. É professora titular de viola e música de câmara na Université de Montréal, Canadá, bem como professora no Orford Music (Festival Quebec), do TTT Project (teach teacher Teaching) em Villaricca, Chile e no Festival Internacional de Música Sarasota (EUA). Também lecionou no Perlman Music Programm (PMP), no Heifetz International Music Institute (Virginia) e no North American Viola Institute (NAVI).
Ela é conhecida por suas performances do raro repertório romântico tardio de viola. Os seus CDs solo, intitulados “Alto Romantic Fantasies” (obras de Ph. Scharwenka, C.Reinecke, R. Fuchs, J. Joachim – Eclectra ECCD-2060) e « German Romantic Works » (sonatas de R.Fuchs, E. Naumann , F. Kiel, R.Schumann – Fidelio FIDC 018) foram ambos aclamados na revista Fanfare com elogios: “Aqui a viola brilha com tanto fogo quanto um violino apaixonado, chora com tanto desespero quanto um violoncelo, seduz, seduz, e convence o ouvinte de que nenhum instrumento de cordas poderia ser mais versátil ou bonito.”
Ela também gravou em CD (Centrediscs CMCCD21515) o concerto para viola escrito especificamente para ela por Tim Brady com a Orquestra Sinfônica da Nova Escócia em 2015.
Em 2017, Jutta ganhou o Prêmio Alemão de Melhor Edição 2017 por sua reedição de 13 das “Pièces de Concours” francesas (escritas de 1896 a 1940) publicadas pela Schott em 3 volumes (ED 22254-56). Seu novo CD duplo “Pièces de Concours.- Obras românticas virtuosas de compositores franceses” (Navona NV6065) recebeu ótimas críticas da revista Fanfare, bem como da Strad Magazine, Das Orchester (Alemanha), La Szena Musicale (Québéc) Infodad, Kathodik (Itália) e a Classical Modern Music Review.
Jutta tem vasta experiência como musicista de câmara, tendo feito parte do Quatuor Claudel String Quartet, do Kegelstatt Clarinet/vla/pno Trio, do Montreal String Trio, do Wiener Nonet, do Ensemble La Piéta, do Ondine Piano Quartett e atualmente do Puchhammer-Desjardins Duo (vla/pno). A sua participação em diversos festivais permitiu-lhe tocar com vários artistas de renome internacional como John Perry, André Laplante, Anton Kuerti, Caecilia Boschman, Chantal Juillet, Janos Starker, Laurence Lesser, Rudolf Leopold, Thomas Selditz, André Moisan Alain Trudel e Roberto Langevin.
Jutta ministra regularmente masterclasses na Juilliard School of Music, no Curtis Institute of Music (EUA), no Cleveland Institute (EUA), na Universidade de Viena, na Universidade de Rotterdam, nas Hautes Ecoles de Musique de Genève et de Lausanne na Europa, bem como bem como nos Conservatórios Superiores de Música de Lyon e CRR em Paris.
Ela também deu masterclasses e realizou um recital na série de concertos “Primrose Memorial”, na Brigham Young University, Provo (EUA) na primavera de 2017.
Jutta foi Violista Principal da Orquestra Sinfônica de Laval por 20 anos, até 2017; foi presidente da Canadian Viola Society (CVS) de 2006 a 2014, e é presidente da International Viola Society (IVS) desde 2020. Ela recebeu o prêmio Maurice Riley por conquistas internacionais e recentemente o IVS “Silver Alto Clef ”, a mais alta distinção atribuída pela IVS.